sábado, 30 de julho de 2011



Bernardino Machado e o golpe militar sidonistade Dezembro de 1917


Nos meus blogues de 4 e 5 de Abril de 2009 faço referências ao golpe militar sidonista. Junto-lhes a "Proclamação ao Povo", assinado por "Sidónio Pais - Comandanmte das forças acampadas no Parque Eduardo VII", e que os seus dois emissários, Dr. João de Menezes e Inspector Afonso Dornelas, entregaram a Bernardino Machado, na noite de 7 de Dezembro, com uma nota, escrita no verso, pelo Presidente.

Este documento encontra-se no acervo do Museu Bernardino Machado e acaba de me ser enviado pelo Dr. Amadeu Gonçalves, a quem agradeço com um apertado abraço.



4 comentários:

amadeu gonçalves disse...

um documento único, valorizado pelo apontamento manuscrito de bernardino machado no verso. sempre atento! abraço de amizade.

Anónimo disse...

Segunda-feira, 6 de Outubro de 2008
Decreto Presidencial do Presidente da República, Dr. Bernardino Machado, datado de 1917-12-08, que exonera o Dr. Affonso Costa e os seus Ministros.

Anónimo disse...

4 comentários: Surrealista disse...
"...hei por bem conceder aos cidadãos Afonso Costa... a exoneração que me pediram dos lugares que respectivamente exerceram de Presidente do Ministério e Ministro das Finanças,..."
Penso que será de interesse a consulta do livro de A.H. de Oliveira Marques "Afonso Costa", Editora Arcádia, 2ª ed. págs. 176/89
Segunda-feira, Outubro 06, 2008 Anónimo disse...
O filme da revolta dezembrista A revolta começa a ser preparada por um comité ligado aos unionistas de Brito de Camacho. As reuniões conspiratórias decorrem em A Luta e na farmácia Durão, ao Chiado, de que é proprietário António Ferreira, também unionista.
A direcção conspiratória é composta por Alberto da Silveira, Alves Roçadas, Vicente Ferreira, Tamagnini Barbosa e Vasconcelos e Sá. Só depois é que Sidónio Pais se liga ao grupo.
Entretanto, por influência de Augusto Vasconcelos, regressado de Madrid, Camacho deixa de apoiar o movimento.
Os conspiradores conseguem financiamento do agricultor alentejano, António Miguel de Sousa Fernandes também unionista.
Começo da revolta em 5 de Dezembro. Aliás, entre Fevereiro de 1917 e Outubro de 1920, há 27 golpes de Estado vitoriosos na Europa.
Decretado o estado de sítio na zona de Lisboa em 6 de Dezembro. A revolução triunfa no dia 7. Do lado da república velha apenas resistem os marinheiros de Agatão Lançaö (1894-1965), numa postura heroicamente solitária, à semelhança de Paiva Couceiro em 1910.

Anónimo disse...

Face à ausência de Afonso Costa e Augusto Soares, o governo é então chefiado por Norton de Matos que, mais uma vez, tem a colaboração de Leote do Rego, agora na tentativa frustrada de contenção do golpe. É uma espécie de 14 de Maio ao contrário, agora com a vitória da facção onde se integra Machado Santos.
No dia 8, declaração da Junta Revolucionária, composta por Sidónio Pais, Machado Santos (que continua detido em Viseu) e Feliciano Costa, anuncia o triunfo: venceu a república contra a demagogia. Promete-se o fim da desordem e o império da lei.
Afonso Costa é preso no Porto. Regressara de Paris no dia 6, dormindo em Coimbra. Vem para Lisboa no dia 11. É transferido para o Forte da Graça em Elvas no dia 18. Será apenas posto em liberdade no dia 30 de Março de 1918, partindo para França em 25 de Abril.
Depois da vitória, Sidónio tenta mobilizar para a chefia do governo o unionista Bettencourt Rodrigues e, depois, o independente José Relvas.
O novo ciclo político começa por anular os castigos impostos aos bispos, dissolve o parlamento e manda libertar os implicados no 16 de Dezembro de 1916 (9 de Dezembro).
Comício da União Operária Nacional, na praça dos Restauradores em Lisboa apresenta reclamações à Junta Revolucionária. Outros comícios do mesmo teor se realizam no Porto, Coimbra, Leiria, Barreiro, Odemira e Parede. Reclama-se, nomeadamente, a utilização imediata de terrenos baldios.
São reintegrados os saneados pela lei de 1915 (10 de Dezembro). Nesse dia são formalmente demitidos os ministros do governo de Afonso Costa. Segue-se a destituição do próprio Presidente da República, Bernardino Machado (11 de Dezembro).
Presidente derrubado só abandona Belém em 15 de Dezembro, onde fica prisioneiro. Há-de suceder-lhe o mesmo em 1926.
Com o parlamento dissolvido, é publicado o programa de governo em separata do Diário do Governo, no dia 16 de Dezembro. Aí se proclama que o governo é contra a demagogia, tendo em vista a a harmonia e unidade da pátria.
D. António Barroso regressa ao Porto em 20 de Dezembro. Em 27 de Dezembro, já Sidónio acumula as funções de presidente do ministério e de presidente da República.
Esta cronologia é do Prof. Dr. José Adelino Maltez.
om se vê, é apontada a data formal da exoneração como sendo a de 1917-12-10.
Mais mistério?
Sábado, Fevereiro 07, 2009 Anónimo disse...
Penso que este post publicado no blog do Dr. Sá Marques explica tudo:
http://manuel-bernardinomachado.blogspot.com/2009/04/revolta-sidonista-o-dr.html
Vamos a ver se no futuro os livros de história verificam os textos antes da publicação
Sexta-feira, Abril 10, 2009 CRP disse...
Afonso Costa não dormiu em Coimbra.
Seguiu para o Porto, onde acabou detido. Vd. p.e. Simões Ilharco e p próprio AC.
Quinta-feira, Janeiro 13, 2011